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Exploração de pedras preciosas nos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri



Mesmo depois de tantos anos de exploração, ainda há solos ricos em pedras preciosas em Minas Gerais.


A extração de minerais é uma das mais antigas atividades da economia do Estado de Minas Gerais, bem como dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Esta é uma constatação relevante para que se entenda a atual peculiaridade do setor de gemas e artefatos de pedra mineral ali prevalecente. Além do mais, essa Mesorregião tem sido objeto de constante preocupação pelas dificuldades que se antepõem ao seu desenvolvimento econômico e social. 

Esta primeira entrada foi infrutífera, mas outras se seguiram e, assim, se descobriram jazidas de pedras coradas: turmalinas, berilos e águas-marinhas (identificadas à época como esmeraldas, safiras e turquesas), localizadas na serra divisora das bacias do Mucuri, Jequitinhonha e Rio Doce e, também, no Espinhaço entre os rios São Francisco e Jequitinhonha. 

Mais tarde, após o esgotamento do “ciclo da cana-de-açúcar”, segue-se o “ciclo do ouro”, iniciado em 1690 com a descoberta de ouro na região onde hoje é Minas Gerais. 

O setor de Mineração de Minas Gerais surtiu consideráveis efeitos de encadeamento. A demanda por alimentos nas cidades e nos centros de mineração representou um estímulo à produção agrícola, inclusive em outras regiões do País. A exportação de ouro financiou um grande volume de importações de bens de consumo e suprimento para a mineração. O “ciclo do ouro” terminou no final do século XVIII, quando a maioria das minas economicamente viáveis haviam se esgotado. 

A Província Pegmatítica Leste de Minas Gerais - segmento da Província Pegmatítica Oriental do Brasil, que inclui no seu recorte geográfico a Mesorregião Diferenciada dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - é considerada a mais rica área de concentração gemológica do País.Nessa Mesorregião, o Médio Jequitinhonha concentra o maior potencial de extração e produção de gemas (pedras coradas), particularmente nas Microrregiões de Araçuaí e Pedra Azul. Em Minas Gerais se concentram as jazidas e a extração regular das gemas, principalmente nos pólos de produção regular nos eixos Araçuaí-Salinas, Medina-Pedra Azul-Itambé e Malacacheta-Padre Paraíso. 

Isoladamente, Minas Gerais é uma das grandes áreas gemológicas do mundo, com 11 depósitos conhecidos. O Estado responde por 30% da produção mundial. As cidades de Governador Valadares e Teófilo Otoni, esta última na Mesorregião dos Vales dos rios Jequitinhonha e Mucuri, podem se tornar importantes centros de lapidação de pedras coradas, fabricação de jóias seriadas e artesanato mineral, voltados à exportação, gerando emprego e renda, baseados na abundância de matéria prima e mão de obra regionais.Além das gemas, são produzidos outros minerais próprios para uso industrial, tais como o feldspato, o quartzo e o espodumênio, Em decorrência do fato da prospecção e a lavra estarem fundamentalmente voltadas na região para a extração de gemas, tem sido, entretanto, relativamente limitado o aproveitamento desses minerais, que em sua grande maioria acabam abandonados como rejeitos.Da atividade extrativa voltada para a produção de gemas preciosas ocorre também uma grande quantidade de pedras semi-preciosas, que  também são rejeitadas; são gemas com inclusões e defeitos, que não se enquadram na categoria de pedras preciosas e não se prestam, portanto, à produção de jóias.


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