Aldo (irmão), Afárnio, Aroldo (irmão), Miri (cunhada), Maria Eugênia (irmã) e Mariana (sobrinha)
Natural de Santa Maria do Suaçuí, ele é filho do casal Geraldo Ferreira da Silva e Maria Morais Silva. Só tem o antigo curso primário e o 1º ano de ensino médio. Mas tira de letra em sabedoria e inteligência. Pai de 3 filhos: Anderson, Warley e Scofield, ainda é também, pai adotivo de Larissa e Éric, pelos quais sempre demonstrou muito carinho, atenção e amor.
Afárnio começou a trabalhar com 9
anos, com muita garra e perseverança. Carregava leite da fazenda do avô, no
lombo de animal que era entregue no distrito de Santa Maria, durante 2 anos.
Após
o pai mudar-se para Santa Maria e em seguida para Timóteo, resolveu fugir de
casa aos 9 anos, carregando apenas uma "mala" que não passava de uma
fronha de travesseiro de algodão, ao passo que ganhava "uns trocados"
carregando bagagens para viajantes, até às hospedarias. Preço: um cruzeiro pelo serviço prestado.
Posteriormente
passou a trabalhar na empresa de transportes coletivos Mariano Pires Pontes, durante 4 anos.
Em
seguida arranjou um emprego nas "Casas Pernambucana", nos anos 63 a
67, em Coronel Fabriciano. Tinha a essa altura, 16 anos.
A
seguir foi a vez da "Ponto Certo", casa de móveis e eletrodomésticos,
onde adquiriu muita experiência e qualificação nos anos 69 a 71.
Após
montar uma modesta mercearia que vendia pão, durante 6 meses, voltou a
trabalhar na loja "Ponto Certo" durante mais 2 anos.
Como
não era de "esquentar lugar", migrou para a "Centro Lojas",
desta vez em Teófilo Otoni, quando então casou-se com Maria Dolores Scofield
Silva.
Após
o casamento empregou-se na "Magda Magazim", de onde saiu para a
"Guadalajara Móveis", onde permaneceu 1 ano e 6 meses.
Irrequieto
e perspicaz, entrou no ramo de móveis, com uma pequena loja denominada
"Brasileirão dos Móveis", na Av. Francisco Sá, em meio a um
efervescente "puteiro", tendo como sócio Juarez Morais Costa que
ficou na sociedade apenas 1 ano, quando então admitiu o irmão Haroldo como
sócio, devendo-se ressaltar que a essa altura Afárnio já possuía lojas, em
Teófilo Otoni, Almenara, Itapetinga (Bahia), Itamarandiba e Carlos Chagas.
Desfeita
a sociedade com o irmão, Haroldo, ficou com as lojas de Teófilo Otoni e Itamarandiba,
no Vale do Jequitinhonha.
Em
Teófilo Otoni, Afárnio que acredita muito em Deus, adquiriu mais as lojas:
Mineirão dos Móveis, Feirão dos Móveis, Brasão Center Móveis e Baratão dos
Móveis.
Depois
voltou-se para as atividades rurais, adquirindo 3 fazendas no município de
Teófilo Otoni e no município de Novo Oriente, as quais foram vendidas.
Trabalhando
incansavelmente "feito burro de carga", até 16 horas por dia, Afárnio orgulha-se em afirmar que hoje se
considera-se um homem realizado, após enfrentar ainda sérios problemas de
saúde.
Para
Afárnio, "o trabalho enobrece e dignifica a pessoa". Na sua opinião
"ficar chorando miséria, só piora a situação". Ele se considera um
homem realizado, um vencedor, porque todos os seus objetivos foram alcançados.
Afárnio e os três irmãos (Aroldo, Aldo e Maria Eugênia)
Lembra-se
que ficou viúvo "e como o homem precisa de uma boa companheira",
casou-se novamente com a Dra. Maria José Campos Silva, que considera uma pessoa
maravilhosa, excelente companheira, ex-funcionária do Banco do Brasil, com quem
completou em maio último 15 anos de uma união plena e feliz.
Afárnio com Maria José (esposa) e Maria Eugênia (irmã)
Por
fim, orgulha-se em dizer que teve 95 funcionários em suas empresas e como gosta
muito de Teófilo Otoni, só sairá desta cidade para o cemitério local.
Afárnio e o filho Fred (futuro médico)
Meu depoimento sobre Afárnio: o vencedor
A maioria das pessoas conhecem o homem de negócios, astuto, trabalhador, perspicaz.... Mas eu tirei a sorte grande: casei-me com um ser humano infinitamente generoso de alma, conciliador, carinhoso e gentil no trato diário.
Passamos por muita coisa juntos: um ano de hemodiálise, um transplante renal, uma cirurgia (bem sucedida) para remover um câncer de próstata, e uma cirurgia para remover excesso de líquido que comprometia o pericárdio. Ele superou tudo. Cada obstáculo, cada dor, cada medo. Nunca perdeu a fé. Nunca reclamou de nenhum procedimento médico, por mais doloroso que pudesse ser e nunca esqueceu de ser grato por uma nova chance. Nunca deu chance ao desânimo.
Sou, grata a Deus todos os dias por tê-lo conhecido. Por ter me ensinado a rir, a ser mais otimista, pelo jeito simples de ser, de se vestir, de comer, de levar a vida. Pela mesa que ele faz questão que seja farta, e onde se senta com todos, sem nenhum tipo de discriminação.
Éramos ambos viúvos quando nos casamos. Tínhamos famílias prontas. E ele sempre tratou meus filhos como se fossem filhos dele. Meus netos, como se fossem de sangue dele.
Como não amar alguém assim?
Maria José Camargo Silva (Zéza)
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